Wednesday, April 25, 2007

Friday, April 13, 2007

Louvre - parte II

Pirâmide Invertida vista de quem vem do Metro

Friday, April 06, 2007

Saturday, March 31, 2007

estado de espírito hoje #7

Música: Wonderful World - James Morrison
Música #2: What Goes Around Comes Around - Justin Timberlake
Música #3: Fast Car - Tracy Chapman
Música #4: Grace Kelly - Mica
CD's: James Morrison - Undiscovered; Tracy Chapman - Tracy Chapman
Lugar: barco
Estado de espírito: calmo
Alegria: pensar que estou quase de férias
Não consigo parar de pensar: em arquitectura!
Ídolo do momento: Luiz Villas-Boas
De boca aberta: com a o fantástico espaço que é a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Lisboa (junto à Av. Duque de Loulé), do arq. Teotónio Pereira
Lendo: "Cem Anos de Solidão", de Gabriel García Márquez;
Quero ir ver: Exposição "Cartier", na Fundação Calouste Gulbenkian
Maravilha: Museu de Arte Antiga
Pensamento: "E você é dono do seu banco?", acho que, em Portugal, apenas a família Espírito Santo é dona do seu banco... e não é o Montepio.

Thursday, March 01, 2007

fantástico maravilhoso: jardim da Gulbenkian

Quanto mais o conheço, mais gosto dele, o jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, é um autêntico paraíso que marca a sua posição e que faz a diferença numa das zonas mais movimentadas e poluídas da capital.
Projectado pelo Arq. Gonçalo Ribeiro Telles (autor, também, do projecto de requalificação que está em curso), este jardim está pensado até ao mais ínfimo pormenor. A enorme variedade de espécies de plantas, muitas delas pouco ou nada comuns no nosso país, que possui faz com que, quando o percorremos, nos sintamos noutro lugar indefinido do mundo, bem distante de Lisboa. Um sítio harmonioso, sossegado, que tem uma luz e cor especiais, formadas por centenas de tonalidades de verde e castanho.
Os caminhos, formados por sucessões de lajes quadradas e rectangulares de betão, estão harmoniosamente bem integrados na paisagem e fazem com que nos apeteça explorar todos os metros quadrados deste lugar.
As esculturas de grandes escultores da história mundial da arte, que pontuam os percursos deste jardim, são uma importante mais valia e o pequeno rio que o atravessa, dá-lhe um ritmo calmo, muito próprio.
Um sítio que vale a pena visitar e repetir infinitamente.Fantástico maravilhoso.

Thursday, February 22, 2007

A beleza (física)

O conceito de beleza física é algo que varia de acordo com as épocas (e os seus respectivos contextos) e com o gosto de cada um.Há quem só goste de ter relacionamentos amorosos com pessoas que, são consideradas belas, pela sociedade em geral. Podem falhar um pouco no que diz respeito à inteligência, ter uma maneira de ser complicada, ser pouco educadas ou pouco cultas, mas têm de ser lindas. E estas pessoas que descrevi existem, não são meras personagens super abstractas e raras que só servem para ilustrar os nossos pensamentos moralistas. Eu conheço algumas. Penso que fazem questão de apenas namorar com pessoas belas, para serem admirados pela sociedade ou para se admirarem a si próprios, como sendo alguém superior, que conseguiu aquilo que só pessoas privilegiadas e que têm atributos fantásticos o conseguem.
Não vou ser hipócrita dizendo que não ligo nenhuma à beleza física, claro que a beleza física é logo o primeiro factor que me chama a atenção quando olho para alguém, mas é preciso bem mais para largar tudo por essa pessoa. É preciso conhecer, perceber se a pessoa é realmente uma pessoa interessante. E depois, há o famoso provérbio que diz que “quem feio ama bonito lhe parece”, que é uma das maiores verdades de sempre. Pessoalmente, não consigo investir numa relação séria com uma rapariga que eu ache feia. Até pode ser considerada pelos outros, uma rapariga “gira”, mas eu olhar para ela e ver uma rapariga feia, em que se destacam uma série de defeitos. E o contrário também pode acontecer, achar lindíssima, uma rapariga que não chama a atenção ao comum dos mortais.
Não nos podemos deixar afectar muito por primeiras impressões acerca da beleza física de alguém, ou pela opinião geral acerca da sua beleza. Temos é de, no fundo, conhecer a pessoa e, chegar à nossa própria conclusão, até porque, a beleza é (quase) sempre algo efémero.
Será que conseguimos ser felizes só porque nos vemos a nós próprios como alguém que pertence a uma elite, “uma pessoa que ‘anda’ com alguém belo”? Serei demasiado conservador ao pensar que não?

Sunday, January 28, 2007

Sim, Não, Talvez, Obrigado, Sff...

Tenho reparado ultimamente no quão educada tem sido esta campanha eleitoral. Frases como "Não, obrigada" ou "Sim, sff!", têm estado contantemente presentes nas nossas vidas quotidianas. Quer seja no gigante outdoor junto à faculdade ou à estação, ou na televisão, rádio, blogs, ou até mesmo nos nicknames do messenger, estes educados pedidos ou respostas parecem já ter lugar cativo.

Resta saber se, caso o não ganhe, todos estes movimentos de "apoio à vida", "apoio à maternidade", etc. vão continuar a existir e a fazer qualquer coisa pela sociedade. Os movimentos que aceitam o aborto nos termos da actual lei e que são a favor da despenalização, mas contra a liberalização (consequente desta pergunta e da futura lei), como é o caso do movimento "Assim, não" (www.assimnao.org), fundado pelo Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, podem até ter toda a razão e estarem cheios de ideias de futuros projectos de leis (diferentes desta), mas será que, caso dia 11 ganhe o não, vão mesmo fazer alguma coisa?

Será correcto apoiar esta liberalização? Não concordo que os abortos venham a ser feitos em hospitais públicos, passando à frente de pessoas que estão há anos à espera para uma cirurgia importante. Rui Castro diz, "Que raio de política de saúde é esta que sobrecarrega o já debilitado sistema de saúde nacional, favorecendo práticas como o aborto, o qual, como se sabe, não visa debelar qualquer doença?"
Será que todos os portugueses devem pagar pela irresponsabilidade e estupidez de alguns? Até há mesmo um slogan de uma campanha de um dos movimentos pelo sim que diz: As mulheres decidem. A Sociedade respeita. O Estado garante.”. Isto é escandaloso porque, no fundo, nos dias de hoje, com a deversidade de métodos contraceptivos eficazes, só engravida quem quer.

No dia 12 de Junho de 2006, foi publicado no Diário da República a Portaria n.º 567/2006, que aprova as tabelas de preços a praticar pelo Serviço Nacional de Saúde e que, estabelece na página 4195 os preços dos abortos no SNS:
- 829,91 euros, para o aborto sem dilatação e curetagem e
- 1074,45 euros, para o aborto com dilatação e curetagem, curetagem de aspiração ou histeroctomia.



Será correcto liberalizar o aborto, sabendo que é sempre uma circunstância traumática na vida de uma mulher (mesmo que o faça de livre vontade)? Porque razão não existe uma eficaz organização financiada pelo Estado, que apoie as mulheres desesperadas e que facilite os burocráticos processos de adopção? É horrível pensar que ao mesmo tempo que uma série de mulheres quer matar os seus filhos, existem milhares de casais que ou por não conseguirem engravidar, ou mesmo porque querem fazer bem a alguém, querem adoptar uma criança e estão anos à espera, totalmente envoltos em burocracia.

Uma importante questão é, irá o Estado, mais concretamente o Ministério da Saúde, gastar as verbas que iria gastar caso ganhasse o sim, no apoio às mulheres grávidas em desespero ou às crianças à espera de pais adoptivos, caso ganhe o não?

Mafalda Miranda Barbosa diz, "(...) [os defensores do sim] Sustentam, noutra linha de pensamento não menos falaciosa, que a vitória do sim é essencial para acabar com a humilhação dos julgamentos. Pergunto eu, novamente com preocupações temporais, o que acontecerá se a mulher apenas descobrir a gravidez depois das 10 semanas de gestação?"

Luísa Castel-Branco, diz que é a favor da despenalização do aborto mas que vai votar no não. Disse uma coisa que eu concordei totalmente: "encarar o aborto como um método contraceptivo é um crime". E no seguimento do seu pensamento, Assunção Cristas diz, "(...) o que se pretende é liberalizar totalmente até às 10 semanas a prática do aborto. De modo que a decisão sobre a maternidade já não precisa de ser tomada antes da gravidez. Garantidamente, se o “sim” ganhar, a mulher tem um prazo adicional de 10 semanas para ver se quer mesmo ou não aquele filho. A gravidez passa a funcionar como uma interpelação admonitória à qual se segue a resolução ou a opção pelo cumprimento. E, já agora, não se interrompe nada. Termina-se a gravidez."

"Sobra uma única coisa que está de facto em discussão: às dez semanas há ou não uma Vida? Há. É um facto, não é uma opinião. Há uma Vida com dez semanas – que faz caretas, tem dentes de leite, impressões digitais e um coração a bater - a que só falta nascer e crescer. A pergunta que agora se faz é escolher se a deixamos nascer, ou se deixamos que a Lei diga que pode ser abortada, se a mãe quiser. Seja por que razão for". Inês Teotónio Pereira

A pergunta está mal feita e remete para a partidarização do referendo pois, neste momento, votar sim, é aprovar a lei do PS. Por isso, provavelmente os resultados do referendo não vão reflectir a verdadeira vontade dos portugueses (por exemplo, o acima referido movimento "Assim, não", que não é a favor da despenalização, mas contra a liberalização).

Devo acrescentar, que este texto, esta reflexão, foi escrita enquanto eu, ainda em dúvida quanto ao referendo, decidi ir pesquisar sobre o assunto e, como é perceptível, acabei por rever os meus princípios no movimento "Assim, não".

Para que conste:
"62% dos abortos realizados em países europeus com legislação semelhante à pretendida em Portugal, são realizados por mulheres com rendimentos familiares superiores a 65.000 euros por ano.

6% dos abortos realizados em países europeus com legislação semelhante à pretendida em Portugal, são realizados por mulheres com rendimentos familiares inferiores a 7000 euros.

Em todo o mundo, o aborto sem invocar qualquer razão é permitido em 22 de um total de 193 países.

A pílula do dia seguinte é comercializada em Portugal desde 1999, sem necessidade de receita médica. É dispensada gratuitamente em centros de saúde desde 1 de Dezembro de 2005.


Não há mulheres detidas pelo crime de aborto em Portugal.

Em 2005 realizaram-se 906 abortos legais em Portugal.

Em 2005 houve 73 casos, e não milhares, de mulheres atendidas na sequência de abortos clandestinos.


Em 2005, a média de filhos por casal foi de 1,5, tendo-se registado apenas 109.000 nascimentos, permanecendo abaixo do nível de renovação das gerações (2,1).

Em 2006, a Alemanha aprovou um incentivo à natalidade de 25 mil euros por cada nascimento."